tomazribeiro558
 
05 setembro 2007

From Iceland with Love

Circum-navegando por terra a ilha do gelo e do fogo



A Islândia apresenta-se aos nossos olhos verde, animada (ou não fossemos nós visitá-la na época mais agitada do ano), cosmopolita, imensa com os seus glaciares, desfiladeiros e planícies.

Descobrimos uma ilha com caminhos ainda por explorar, verdadeiras aventuras pelo interior, através de montanhas recobertas de gelo de milhares de anos.


Reykjavík, a capital e o centro económico-financeiro-populacional do país, é uma cidade limpa (uma das mais do mundo), ordenada, aprazível para descansar e visitar.
As casas, de arquitectura peculiar, denotam um passado ligado ao mar, à natureza. Jardins à frente, quintais atrás. Vive-se em plena harmonia com a natureza, mesmo no centro da cidade, local privilegiado ocupado pelo lago dos patos selvagens.


A viagem pela ilha foi definida por instinto e de acordo com a sua geografia, viajar em círculo, seguindo o trilho da Ring Road, a única estrada que une as principais cidades do país.


A primeira etapa, Reykjavík – Höfn, onze horas de puro deslumbramento através da costa sul do país.
Atravessando montanhas aproximamo-nos da costa, as areias douradas dão lugar, em Vík, a formações rochosas em pleno mar e a praias vulcânicas, com areia negra e gaivotas preguiçosas a descansar nela.
No caminho, Skógafoss, uma das mais belas quedas de água que já vi.


Nova curva na estrada, novo cenário. As montanhas dão lugar às planícies que por sua vez dão lugar aos glaciares.
Aproximamo-nos de Vatnajökul, o maior glaciar da Europa, e o seu poder prende-nos de imediato. O gelo estende-se até ao mar, azul com azul, o gelo a flutuar já no mar. Jökulsárlón, o lugar mágico.


Dias depois, nova etapa, Höfn – Egilsstadir, a costa este de uma assentada. Desfiladeiros junto ao mar, estradas sinuosas, o mar sempre a nosso lado. Milhares de cisnes selvagens descansam no mar islândes antes da próxima migração.


Akureyri, a segunda maior cidade do país, situa-se ao longo do fiorde Eyjafjordur, já no mar da Gronelândia. Ao contrário das outras cidades islandesas, Akureyri possui um micro-clima temperado, tornando-a por esse motivo a cidade mais florida do país, com diversas estufas e vasos em todos os cantos. Estivemos quase uma semana em Akureyri e todos os dias regressávamos à tenda felizes com o que tínhamos visto.


O Lago Mívatn encontra-se perto, uma das maravilhas naturais do mundo, um lago formado por sucessivas erupções vulcânicas e habitado por mosquitos, peixes e patos. E de Mívatn aproximamo-nos do deslumbrante Parque Nacional Jökulsárgljúfur, o parque que alberga as mundialmente famosas cataratas Dettifoss e Selfoss, a primeira a mais poderosa da Europa, a segunda mais pequena, mais bonita.


Será difícil descrever o que sentimos perante as cataratas, um arrepio na pele perante o poder imenso e constrangedor da água contra a pedra, o ruído surdo do vapor que se eleva no ar.


A Islândia é uma ilha-sonho, um país reinventado pelos vikings, habitado por gnomos e fadas. Depois do que vimos também eu acredito no poder deslumbrante das forças da Natureza e, imbuídos em todo este esplendor, compreendemos finalmente que ‘all is full of love’.





posted by ana @ 13:48  
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