Cada vez que tenho uma oportunidade vou até à Baixa ao Bolhão. Não sei até quando o nosso mercado estará de pé. Projectos mais elevados se prevêm para este monumento portuense (mais um maldito, inestético e recorrente shopping).
Fui comprar fruta, flores e acabei por receber sorrisos de todas as vendedoras, algumas há já mais de quarenta anos na sua banca.
- Estão a deixar-nos morrer aos bocadinhos..., chorava uma vendedora de flores.
Era uma vez um país onde entre o mar e a guerra vivia o mais infeliz dos povos à beira-terra.
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Ouvi banqueiros fascistas agiotas do lazer latifundiários machistas balofos verbos de encher e outras coisas em istas que não cabe dizer aqui que aos capitães progressistas o povo deu o poder! E se esse poder um dia o quiser roubar alguém não fica na burguesia volta à barriga da mãe! Volta à barriga da terra que em boa hora o pariu agora ninguém mais cerra as portas que Abril abriu!